quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Mãe relapsa, eu?! Só estou tentando levar numa boa!"

Baseada em um livro que infelizmente ainda não há previsão de ser lançado no Brasil, o  "Sh*tty Mom", resolvi escrever sobre o tema do livro que encara, com muito humor e leveza, os momentos em que as mães quebram as regras dos manuais tradicionais e se mostram impacientes, cansadas e inseguras.
 
Enquanto estava grávida, cansei de escutar frases do tipo: "ah Bruna, você vai ouvir muita gente falando o que é certo e errado para seu bebê, mas escute somente aquilo que lhe interessa". E não é que era verdade?!
 
Bom, isso realmente começa enquanto estamos com o barrigão. As pessoas, principalmente as mais experientes se sentem quase que no direito de dar palpites sobre você e seu futuro bebê. Chegam dando dicas do que comer para não sentir enjôos, do que fazer para dormir melhor, do que não fazer para não prejudicar o bebê, sugerem tipos de parto, sugerem maternidades, e se bobear até no nome da futura criança se intrometem, tipo, "nossa, esse nome me lembra uma pessoa chata", "ah, esse nome não tem um bom significado".. e assim vai! Se a mãe não for decidida vai sendo arrastada pela maré de opiniões e sugestões de outras mães, amigas, vizinhas...
 
Quando o bebê nasce então... Aí sim, vem um batalhão de faça assim, fassa assado... se a criança tá doente as pessoas olham para nós com um olhar de piedade e como se fossem médicos dão diagnóstico, dão dicas de chás para melhorar o mal estar do bebê,  comparam com outro bebê que teve o mesmo problema e assim vai. E o pior é que nós mães desesperadas com o filho doente acabamos acreditando em quase tudo o que nos falam.
 
Já ouvi falar para colocar azeite morno para tratar otite (será que o azeite extra virgem é melhor neste caso?), fiozinho vermelho na testa para melhorar soluço (aliás, dizem que soluço em criança é fralda suja!), dar susto na criança também para parar o soluço (já tentei, tadinha da Giovanna!), dar uma sacudida na criança de ponta cabeça para espantar olhares invejosos (o tal do quebrante) e etc.
 
É claro que na pressão em exercer bem nosso papel de mãe e de ver nosso filhos bem, acabamos fazendo essas coisas que me parecem meio loucas... mas não somos loucas?! Que mãe pode dizer que não tem ataques de loucura de vez enquando?!
 
Confesso que já fiz algumas coisas que me falaram, e confesso também que não tiveram os resultados que eu gostaria.
 
As sugestões e cobranças aparecem também em relação à educação dos nosso filhos, tipo: " na minha época não era assim", "não mime demais a criança", "não deixa ela fazer o que quer, ficará desobediente"...
 
O que me incomoda muito são aquelas pessoas que nem são mães ainda e querem dar lição de moral, ensinar regras de como fazer, por exemplo, a pessoa vê seu filho aos berros fazendo birra, ai a pessoa fala: "se fosse meu filho não seria assim", ou então seu filho assiste muita televisão e esta pessoa que gosta de regras de manuais fala:"tá errado usar a televisão como se fosse uma babá para distrair seu filho". Também tem a ocasião em que a criança resolve comer doces além da conta e esta pessoa fala:"nossa, você deixa seu filho comer tanto doce?" Enfim, é uma infinidade de situações em que nos deparamos e não sabemos se agradeçemos a pessoa pela sugestão e pela crítica ou se mandamos ela para um lugar bem longe!
 
Só quem é mãe sabe o quanto é dificil educar os filhos, e seguir regras de manuais para mim é besteira! Ficar lendo livros de como educar filhos (como se fossem aqueles livros de adestramento de cães), matérias de como fazer seu bebê dormir em 1 minuto, reportagem de bebês exemplo e mães superpoderosas é tortura com nós mesmas.  Devemos relaxar e deixar nosso instinto materno entrar em ação, e devemos parar de querer seguir regras e escutar opiniões que não nos interessam. Nós mães sabemos o que é melhor para nossos filhos, e não existe regra! Podemos e temos o direito de errar e aprender com eles, temos o direito de deixá-los mais tempo na TV para podermos descansar um pouco, podemos dar um doce num ataque de birra só para que a criança pare de chorar naquele momento! Podemos abrir mão de uma alimentação saudável de vez enquando para comer um MC com  as crianças... Posso mimar meus filhos sim, e daí?!
 
Não vejo a hora de ler este livro, e me sentir bem vendo que outras mães também saem das regras e que também são imperfeitas. São com essas mães que me identifico, viver fora das regras é mais divertido!
 
Olhem os exemplos abaixo, criar os filhos pode ser muito mais fácil do que se imagina!






 
 

4 comentários:

  1. Eu também me aborrecia com tantos palpites, mas a gente que é mãe sabe o quanto é difícil educar.No meu caso, segui meus instintos sem desprezar os conselhos alheios, porque sempre a gente aproveita alguma coisa. Mas cada criança é diferente. O importante é mostrar o que é certo e errado, e não fazer do "fora da lei", uma regra.Se a criança está chorando demais, dependendo do caso, um doce fora de hora não é o "fim do mundo".
    Posso dar alguns palpites para minha filha mãe. Afinal criei três filhos saudáveis e que se tornaram gente de bem. Nesse ponto, sou vitoriosa. Mas não me perguntem as regras, porque não existiram: fui fazendo tudo através do sexto sentido...

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  2. Com certeza alguma coisa a gente aproveita dos conselhos e eu já segui muitos deles. Ainda mais vindos de mães boas como vc! beijos mamma e obrigada por participar com seus comentários! Tá aí um exemplo de mãe coruja, não deixa de responder nenhum post que faço, a única que se importa...

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  3. Oie!!!
    Tem um Meme para vc lá no blog!
    Beijinhos
    Bom fim de semana!!
    http://estou-crescendo.blogspot.com.br/

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  4. Oi Bruna, retribuindo a visita, adorei seu blog e já estou seguindo.
    me segue também, beijos

    www.viniciusmamaequedisse.blogspot.com.br

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Muito obrigada, adorei receber seu comentário!