quarta-feira, 22 de agosto de 2012

E... A Saga da Babá Continua!

Passou o tempo, e dois anos depois nasceu o Arthur. Eu pensei que era a mulher maravilha e que daria conta de cuidar dos dois. Socorro! É muito difícil! A não ser que eu não queira fazer mais nada da vida e me dedicar somente aos filhos, ser escrava deles.
Agora o Arthur vai completar 5 meses e estou louca para voltar a trabalhar. E mais uma vez, o que fazer? Acho que escola ainda é muito cedo para ele, o ideal no caso é uma babá, não tem como escapar disso, é uma necessidade. Fui relutante, não queria mesmo.  Afinal, além de ser difícil achar uma pessoa boa o suficiente para cuidar de nossos filhos, cá para nós, é muito chato ficar andando com um chaveirinho para todos os lados, uma estranha que participa da sua vida, da vida de sua família. Esta babá tem que ser muito simpática!
É... é o jeito, já estou ficando doidinha cuidando das crianças. Preciso de ajuda! Se a futura candidata a babá me ajudar, ela será vista como uma santa por mim.


Vamos lá: “alguém tem uma pessoa para indicar? Alguém de confiança, educada, boa comunicação, que fale o português corretamente, afinal meus filhos estão aprendendo a falar”.
Me indicaram uma moça que já havia trabalhado cuidando de duas crianças, com boas referências. Entrevistei. Gostei dela, inteligente, falava direitinho e pelo menos na teoria sabia tudo sobre crianças. Disse que gostava muito do trabalho, que ainda queria fazer Pedagogia para poder trabalhar em berçário. Parecia perfeito, negociei um salário e consegui fechar para ela vir fazer um teste. Poxa vida! Um dia antes de começar ela me disse que não vinha mais, pois, havia recebido uma proposta de trabalho melhor. Sem mais.
Começei então a ir atrás de agências de babás. Liguei para uma, bem conhecida de nome, é a primeira que aparece nos sites de busca. Me pediram o perfil de babá que eu gostaria e me disseram que o salário que eu estava oferecendo estava abaixo do cobrado. Ok, me mandem uma babá muito boa, se valer a pena eu pago!
Sem me avisar nada, não é que me mandaram para a entrevista 5 moças de uma vez! Por telefone haviam me dado a informação que viria apenas uma baba e o representante da agência.
Imaginem minha cara na hora que a campainha tocou e vi esse tanto de mulher vestida de branco. Até os vizinhos pararam para ver o que estava acontecendo. Devem ter pensando que era sessão de Umbanda!
O representante era um mal educado com carinha de sinico. Quando eu disse que queria que viesse uma por vez, ele deu risada e achou que eu não tinha razão. “meu filho, como posso entrevistar cinco de uma vez? Não tenho tempo hábil para isso e nunca colocaria tanta gente desconhecida dentro da minha casa. Helloooo!! Vc esqueceu que tenho duas crianças em casa?”  Mandei todo mundo embora e o cara nem quis aceitar minha condição. Sempre escutei que o cliente deve ter razão e neste caso eu tinha razão.
Semana seguinte, me indicaram uma menina. Novinha, conhecida da faxineira da minha mãe, apenas 19 anos. Quem sabe né? Chamei para conhecer. Tadinha, foi péssima na entrevista. Falava bem errado, não sabia responder minhas perguntas e quando perguntei como ela limparia os brinquedos das crianças ela me respondeu: "com pano e lustra móvel” Afee! Querida não lhe ensinaram que lustra móveis é para limpar móveis?!
Mesmo assim, não desisti. Apelei para outra agência. O complicado é que babá de agência é mais cara e ainda temos que pagar a taxa para a empresa, normalmente o valor integral do salário no primeiro mês. Pesado. Mas, digo novamente, se valer a pena eu pago!
Entrevistei a terceira candidata, esta de uma agência que me pareceu mais honesta, e fui melhor atendida. A mulher era Alagoana, estava em São Paulo há um ano, solteira, sem filhos. Cara de boazinha, dizia ter feito um curso técnico em enfermagem. Mas quando fiz uma pergunta básica sobre acidentes com crianças, ela não soube me responder. Como uma enfermeira que já trabalhou de babá não sabe me responder isso: “ o que fazer quando a criança bate a cabeça?”
Enfim, mesmo com esta falha estava quase decidida a contratar a Alagoana. Eis que minha irmã me aparece com uma ótima indicação, uma pedagoga que estava cansada de trabalhar na escola que por coincidência, era a mesma que a Giovanna estuda, só que outra unidade.
Chamei para conhecê-la num Sábado, já que ela estava trabalhando durante a semana. Gostei bastante, da apresentação, educada, inteligente e com ambição em relação ao futuro. Gosto de pessoas assim, que querem crescer na vida. Porém, me disse que queria trabalhar de babá só por dois anos, que daí saíria para fazer uma faculdade e trabalhar de outra coisa. Pronto, para mim isso não foi muito legal. Quero poder contar com alguém que se eu gostar, fique comigo por anos.
Mesmo assim, gostei do que ela tinha de experiência, e a convidei para um teste de final de semana. Logo na segunda feira após a entrevista, ela pediu demissão na escola em que trabalhava. Passou a semana, e finalmente chegou o tão esperado final de semana que eu teria ajuda da babá. Ela chegou, a Gigi logo se amigou, o Arthur sorriu para ela. Foi ótimo!
Na primeira conversa que tivemos nesse dia, ela veio com a notícia de que a escola havia feito uma contraproposta e que talvez não deixasse o trabalho dela.  Foi o fim da minha alegria. O final de semana com ela foi bom, deixei que ela desse banho nas crianças, desse comida. Até no clube levamos a babá. O chaveirinho... fiquei meio sem graça, não me sinto bem desta maneira, enquanto me divirto a mulher está trabalhando cuidando dos meus filhos em pleno Domingão de sol! Fazer o que, este é o trabalho dela...
Segunda feira após este final de semana, ela liga em casa e deixa recado dizendo que gostou muito das crianças, mas não ia ficar.
Que chato isso, a pessoa se compromete, rouba sorrisos de seus filhos, passa por momentos íntimos das crianças, entra nas nossas vidas e saí assim?  Acho que ela não aguentou o pique!
Não vou mentir aqui... desanimei. Ah, começar tudo de novo, ir atrás de indicações, entrevistas e etc.  Mas, fazer o que? Preciso!
E mais indicações vieram. Liguei para algumas, porém uma não gostou do horário de trabalho, outra não gostou do salário. Cheguei a entrar em contato com mais uma agência que nem me deu chances, foi logo dizendo que o salário que eu tinha para oferecer não era suficiente para as profissionais dele. Então perguntei: “qual o diferencial das suas babás, elas têm algum curso importante para estar cobrando mais alto?” E ele me respondeu: “não, somente curso de babá!”. Cá para nós, não desmerecendo o trabalho das babás, concordo que não é fácil, mas eu como fisioterapeuta, com duas especializações se for procurar emprego, não vou ganhar muito mais do que elas, que possuem apenas ensino médio! Realmente a profissão de Babá está super bem valorizada!
Pago quanto for, desde que seja uma pessoa muito bem qualificada, aí sim, justifica o salário! O que está acontecendo é que cada vez mais estas profissionais estão sendo procuradas, justamente pelo fato das mães estarem trabalhando muito e não terem tempo para os filhos. Até de final de semana as babás estão sendo chamadas, como folguistas. Por isso os salários estão cada vez mais altos.
Bom, passaram-se duas semanas e entrei em contato com a agência que já estava falando há um tempo e me mandaram outra candidata para a antrevista. No mesmo dia que liguei. A candidata chegou na hora certa e conversando com ela gostei. É uma pessoa com experiências curtas, de um ano, mas daquele tipo que já cuidou dos filhos de vizinhos e tal. E também possui um curso de babá de 12 horas.
Resolvi ficar com ela! Entrei em contato com a agência e agora estou aguardando me mandarem o contrato. Amanhã a babá começa em casa e já estou aflita pensando em tudo, como vou ensinar, como vai ser meu convívio com ela e dos meus filhos com ela. Sempre dá um certo medo!
Agora vou me preparar, anotar toda a rotina das crianças para passar para ela, e não vou cometer o erro que cometi da última vez. Vou fazer ela observar bem antes tudo o que faço, como eu dou banho, como troco... Aí sim ela vai começar a fazer sozinha. E claro, vou estar presente, não vou desgrudar dos meus filhos pelo menos nas primeiras semanas.
Fica aqui então o suspense das cenas dos próximos capítulos. Como será que vai ser com esta nova candidata? Volto assim que tiver noticias!

2 comentários:

  1. Muito legal seu relato Bru... só quem é mãe sabe a angústia que é ter que deixar seu maior tesouro ser cuidado por alguém que não seja vc mesma...rs!
    Acho que vai muito da opinião de cada um; eu por exemplo, não me sinto à vontade com babás. A única pessoa que tenho total confiança em deixar o Kauan é a moça que trabalha na casa de minha mãe e hj trabalha na minha casa tbm por 2 dias da semana. Ela está na família há uns 5 anos, partilhou todos os momentos da minha gravidez e é extremamente apaixonada pelo Kauan! Pena que ela não tem disponibilidade de ficar todos os dias em casa, então optei pela escolinha mesmo. Acho que na escola, mesmo que seja um bebê de 6 meses, eu teria mais segurança em deixar o meu filho, por saber que tem muito mais vigilância por perto sabe... Pode ser um bloqueio meu, sei lá, mas não consigo pensar na idéia de ter uma babá, a não ser que meu filho tivesse já uma certa idade e pudesse relatar tudo o que acontece para mim. Penso que a escola traz tbm mais benefício para a criança, tanto no desenvolvimento como na sociabilização. É claro que tem seus contras, o Kauan por exemplo nunca havia ficado doente e entrou na escola há 2 meses, com 2 anos completos. Desde então vive gripado e com tosse!!! E sei que vai ser assim até adquirir resistência.
    Mas é o que eu disse, vai muito de como a mãe se sente em relação ao assunto e o que a deixa mais confortável e segura, daí a importância de partilharmos nossas experiências!!!
    Boa sorte na saga da babá, vou ficar esperando o desenrolar dos próximos episódios...rs!! Bjão e parabéns pelo blog!

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  2. É Pati, para mim é bem angustiante deixar com babá! Mas é que o Arthur ainda mama, então deixar no bercário seria judiação. Estou acompanhando de perto o trabalho da babá até criar confiança. Espero que dê certo...
    A Gi também ficou muito doente na escola, o médico chegou a pedir para ela ficar um mês em casa para se reestabelecer... quase fiquei doida com os dois, o Arthur era recém nascido.
    É dificil Pati, o importante é termos confiança nas nossas decisões e confiança na babá ou escola.
    beijoss

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